A Polícia Civil indiciou a mulher de 38 anos que comunicou falso sequestro e estupro em abril deste ano em Santa Maria. Conforme a delegada titular da Delegacia da Mulher, Elizabeth Shimomura, a família da mulher afirmava que ela tinha problemas psicológicos. Porém, não foram apresentados laudos que comprovassem a condição, por isso, ela responderá criminalmente pela falsa comunicação de um crime. O inquérito foi concluído nesta terça-feira.
A vítima informou à polícia, no dia 15 de abril, que foi abordada por dois homens encapuzados na Rua Treze de Maio. Segundo ela, os criminosos a teriam levado até Camobi para sacar dinheiro em um caixa eletrônico 24 horas. Além disso, relatou também que ficou com os bandidos por mais de 5 horas e que havia sido abusada sexualmente nesse período.
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De acordo com a delegada, a mulher foi intimada a depor várias vezes, mas não compareceu. A mãe dela, acompanhada de um advogado da família, foi à delegacia e comunicou que tudo não passava de uma invenção da filha. A mãe se desculpou e informou que a filha confessou a mentira para ela e uma médica. Ainda conforme depoimento da mãe, a mulher sofre de problemas psicológicos e estaria aguardando internação para tratamento. Porém, como a condição não foi comprovada, ela foi indiciada por falsa comunicação de crime. A pena vai de seis meses a um ano de prisão e pode ser convertida em multa.
- Aguardamos até agora que os laudos médicos fossem apresentados, para provar que ela não poderia ser indiciada. Na verdade, desde o princípio percebemos que ela era uma pessoa esclarecida, não tinha problemas emocionais. Não sabemos por que ela fez isso, mas criou-se um pânico na população após este caso, nós mobilizamos todas os órgãos de segurança na noite do fato, porque realmente não é comum de acontecer um caso como esse na cidade - relata Elisabeth.
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A delegada contou, ainda, que um extrato bancário foi entregue à polícia, em que não consta nenhuma movimentação de dinheiro naquele período, como informado inicialmente. Além disso, a instituição de ensino onde a mulher havia relatado que estava até o momento em que teria sido sequestrada informou em depoimento policial que ela não foi às aulas naquele dia. O resultado do exame para comprovar um possível estupro, feito na UPA, foi inconclusivo.
*Colaborou Janaína Wille